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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

História do Google

Em pouco mais de dez anos a ideia de dois jovens universitários se transforma em um dos empreendimentos mais rentáveis da vida digital.

Serviços online, redes sociais, sistema de anúncios e uma centena de outras funções e possibilidades. Todas elas foram originadas por dois rapazes que cursavam a Universidade de Stanford. Larry Page e Sergey Brin começam a discutir ideias e chegam à conclusão de que a busca por informações poderia a ajudar a organizar as páginas. E como todo bom universitário, os recursos para a estruturação de qualquer negócio não eram lá muito grandes.

Por isso, o BackRub – o avô do Google que conhecemos hoje – teve seu ponta pé inicial em 1996 a partir de computadores compatíveis com a renda dos dois rapazes. Até então, a Internet não possuía ferramentas tão eficazes para a localização de conteúdos a partir de palavras chave. Dois anos depois, tudo já corria muito bem para Page e Brin. Nessa época o site já se chamava Google.

Logo do BackRub, ancestral do Google que conhecemos hoje.

Mas de onde vem esse nome?

De acordo com as informações do site oficial do buscador, um “Googol” corresponde a um termo da matemática que designa um número 1 seguido de 100 zeros. Pode-se ver uma boa representação disso no rodapé das páginas de busca do Google. O marcador de páginas de resultados consiste em um “G” com vários “o”, de modo que a busca fique organizada.

O nome Google originou-se de um termo matemático -

Primeiros investimentos

Com o crescimento explosivo da página de buscas, o Google já armazenava um Terabyte nos anos de 1998 – uma soma assombrosa para a época. Desde o seu início, a gigante da Internet já tinha na sua estrutura física o conforto. Na época, o escritório do Google era o quarto de um dos rapazes. Talvez o estilo despojado de organizar seu “quartel general” guarde resquícios dessa época.

Com o cheque, a empresa pode crescer e continuar se desenvolvendo.

Entretanto, os gastos com equipamentos, recursos e uma série de outras necessidades já estavam criando dívidas que ultrapassavam a capacidade de Page e Brin de levar o negócio adiante. O alívio chega junto com um cheque de US$ 100 mil, endereçado à “Google Inc.”. Nisso surgia a necessidade de tornar-se realmente uma empresa. Do contrário, o cheque não poderia ser compensado e a situação da dupla iria ficar muito complicada.

Larry Page e Sergey Brin são os co-fundadores da gigante da Internet.

Um outro aspecto que deve ser levado em conta é o consumo de banda que o site tomava logo nos seus primeiros anos de vida. O BackRub e o primeiro Google foram hospedados na rede da Universidade de Stanford. Sempre que as requisições de buscas chegavam ao site, toda a Internet da universidade era comprometida devido aos grandes acessos que o buscador recebia.

Os funcionários do Google contam com restaurantes dentro da empresa!

Depois desse investimento inicial as coisas começam a progredir de uma maneira muito rápida. Logo em setembro de 1998 a dupla já havia contratado seu primeiro funcionário, um colega de faculdade, Craig Silverstein. As mudanças de sede foram bastante frequentes nos últimos anos da década de 1990, assim como as contratações. Em novembro de 1999 a empresa contrata o seu quadragésimo primeiro (41º) funcionário, o chef Charlie Ayers.

2000 razões para crescer

O início do ano 2000 foi marcado pelo ritmo acelerado de crescimento da empresa de Page e Brin. Em maio desse ano o site ganha versões em dez outros idiomas além do inglês: Francês, Alemão, Italiano, Sueco, Finlandês, Espanhol, Português, Holandês, Norueguês e Dinamarquês. Atém mesmo o Yahoo!, que até então era um dos mais utilizados buscadores no mundo, reconheceu o potencial da startup dos rapazes de Stanford e estabeleceram uma parceria na qual o Google seria o provedor de buscas do grande portal.

Nesse mesmo mês de Junho de 2000 a empresa anuncia o seu primeiro bilhão de URLs indexadas. Em setembro o número de línguas suportadas pelo Google chega a 15 com o acréscimo dos idiomas Japonês, Chinês e Coreano. Anos mais tarde, os chineses começam a bloquear conteúdos fornecidos pelo buscador e até chegam a pedir que o acesso a conteúdos internacionais seja bloqueado.

Os resultados das buscas podem ser exibidos nos mais diversos idiomas! Basta selecionar!

Contudo, é no final do ano 2000 e início do terceiro milênio (2001) que o Google começa a fazer suas primeiras aquisições e tornar-se a incorporadora e produtora de serviços e produtos para internet. Em fevereiro do primeiro ano do século XXI, o Google compra o “Usenet Discussion Service” da Deja.com já com 500 milhões de discussões, tópicos e várias conversas arquivadas desde 1995 e institui melhorias no serviço para lançá-lo como “Google Groups” (Google Grupos).

O Google Groups foi a primeira aquisição da empresa e logo se tornou um sucesso!

Em julho desse mesmo ano o serviço de busca por imagens indexadas pelo Google já é disponibilizado com mais de 250 milhões de imagens a serem consultadas a qualquer momento por qualquer pessoa. Uma boa notícia chega para os usuários da América Latina no mês de outubro: uma parceria estabelecida entre Google e Universo Online (UOL) trouxe o serviço para o nosso lado do mundo. Hoje esse acordo já não existe mais, porém o Google conseguiu desbancar com bastante força buscadores que vinham ganhando força no Brasil, como o Cadê?, hoje incorporado pela Yahoo!.

Ao final de 2001 o banco de URLs indexadas pelo Google já alcançava os sonoros 3 bilhões de documentos virtuais. Hoje esse número já passa dos 8 bilhões de endereços.

Fevereiro de 2002 é um ano importante para todos que já construíam seus blogs web afora. O Google adquire mais uma empresa, dessa vez a Pyra Labs, responsável pelo desenvolvimento da ferramenta Blogger. No mês seguinte, uma ferramenta viria a auxiliar a renda desses blogueiros e também dos donos de sites: o AdSense.

Com o AdSense blogueiros e donos de sites podem gerar receita em conjuto com o Google!

Lançado em março, o serviço visava fornecer anúncios aos usuários cadastrados para que ajudassem a divulgar os clientes de publicidade para os quais o Google vendia espaço. Assim, cada um que tivesse cliques computados nos Anúncios Google ganharia uma fatia do rendimento proporcional aos lucros obtidos.

Pesquise livros e econtre aquilo que você precisava para o seu trabalho!

O final de 2002 é marcado pelo lançamento do Google Print, o que hoje conhecemos como Google Books. O serviço possui diversos arquivos em PDF contendo trechos de livros cujos direitos autorais limitam a exibição completa. Entretanto, é uma ajuda excelente para universitários e estudantes em geral.

A invasão das ferramentas sociais

Pode-se dizer que 2004 é um dos anos mais marcantes para os brasileiros dentro da história do Google. É nesse ano que o turco Orkut Buyukkokten, funcionário da empresa, desenvolve uma ferramenta de relacionamento social entre usuários da internet. No início, era preciso receber um convite de alguém que já fosse membro da rede para poder participar.

O Orkut é a rede social mais acessada no Brasil e mais de 40% dos seus usuários corresponde ao nosso país.

Contudo, isso não foi motivo para que o site não se tornasse popular no Brasil. Ter um convite para acessar o Orkut na sua caixa de emails era sinal de status. Portanto, quem fosse parte da rede já possuía um “diferencial” em relação aos outros usuários da web.

Entretanto, com a explosão de popularidade da rede social no Brasil, vários problemas começaram a aparecer. Desde crimes virtuais como a pirataria de jogos, softwares e outros produtos, o relacionamento virtual entre as pessoas acabou desencadeando em algumas comunidades de apoio ao crime organizado, tráfico de drogas e a pedofilia.

Diga não à pedofilia na Internet! Denuncie perfis criminosos!

Por essas razões, cada vez mais o número de pedidos de quebra de sigilo feitos pela Polícia Federal aumentava para que as investigações pudessem ser feitas e os responsáveis devidamente encaminhados à Justiça. Ao levar em conta essas requisições, o Google decidiu passar a gerência do Orkut para a filial brasileira da empresa em Minas Gerais.

Logo depois do lançamento dessa ferramenta social, o Google decide fazer incursões no mundo dos serviços de email. O nome escolhido para o tal serviço é Gmail, que começou como “Giga email” devido à capacidade de armazenamento, porém cabe dizer que o serviço pode ser chamado de “Google email”. Assim como o Orkut, o Gmail também exigia o recebimento de um convite para que o usuário pudesse ter uma conta.

Os aplicativos Google trazem ao usuário bons níveis de comodidade.

Mais tarde ferramentas como Google Earth, Google Talk, Google Reader, Google Analytics e uma série de outros serviços foram lançados, compondo a carteira de incorporações e produções próprias da empresa. Agora, o quarto de faculdade se tornou algo muito maior chamado “Googleplex” e fica nos Estados Unidos.

Google + YouTube

Sem dúvida o episódio da compra do serviço de compartilhamento de vídeos YouTube em outubro de 2006 pela “bagatela” de US$ 1,65 bilhões é um dos mais marcantes dos últimos anos, quando falamos em aquisições de ferramentas online. No momento da negociação, o site de vídeos completava cerca de um ano de funcionamento e hoje é uma das maiores formas de expressão audiovisual independente do mundo.

A Google desenbolsou 1,65 bilhões de dólares pela compra do YouTube!

Um exemplo fortíssimo é o usuário “CitizenTube” que nos últimos dias tem publicado vídeos das manifestações políticas do Irã devido às denúncias eleitorais contra o atual presidente Mahmud Ahmadinejad. Isso acontece porque as mídias locais e internacionais foram impedidas de noticiar qualquer ponto que mostre manifestações. O que você assiste nos telejornais à noite tem grandes chances de ter sido retirado do YouTube.

O CitizenTube é responsável por postar e agregar vídeos que você não veria na televisão aberta!

Assim como o Orkut e o Gmail, o YouTube é um dos maiores sucessos do Google. No início, a maioria dos usuários o via como uma maneira de se divertir e esquecer alguns problemas do dia-a-dia assim como fazem com a televisão. Contudo, alguns outros usuários passaram a perceber a importância política e social da ferramenta para divulgar informações relevantes sobre manifestações e uma imensa variedade de outras funções. De diversão, o YouTube passou a ser um veículo de informação.

Seu navegador, seu escritório

Os conceitos de ter tudo o que você precisa onde você estiver são levados à sério quando se fala de grande parte dos produtos Google. Prova incontestável disso é o Google Docs, suíte de aplicativos de escritório completamente online. Nela é possível abrir documentos com extensões .DOC, .XLS e .PPT. Porém, seguindo a linha de crescimento e aposta em boas ideias, o Google Docs é uma repaginação de um serviço que já existia chamado Writely, que executava conversões online de arquivos do Word em qualquer navegador.

Armazene seus documentos todos na sua Conta Google!

Outro aspecto importantíssimo para empresários do ramo web ou até mesmo aqueles que possuem sites de suas empresas é o controle de visitas e acessos. Nada melhor do que contar com relatórios completos, contendo informações valiosíssimas como palavras chave pelas quais o seu site é acessado, taxa de rejeição dos usuários e uma série de outros pontos que são detalhadamente tratados nos relatórios do Google Analytics.

Tenha relatórios detalhadíssimos com o Google Analytics!
O serviço também é gratuito e basta que o usuário faça o cadastro da sua URL e instale um código do Google para que o site seja reconhecido pelo indexador de resultados da empresa. Depois, basta acompanhar os gráficos e até mesmo personalizar os relatórios com as informações mais relevantes para o seu site.

Você está no mapa?

As ferramentas de localização geográfica do Google também são muito atrativas e funcionais. Um bom exemplo está nos serviços Google Earth, Google Maps e Google Street. Quem nunca sonhou em acordar no Brasil, visitar Paris e depois de cinco minutos estar na Austrália, por exemplo? Com o Google Earth é fácil ver os mais variados países a partir do espaço. Com os atuais complementos desenvolvidos para este software, é possível explorar a superfície lunar e até mesmo de Marte!

Visite o mundo com apenas alguns cliques!

Ao fechar a nossa escala de espaço, encontramos o serviço de mapas urbanos que permitem traçar rotas entre pontos, localizar endereços e uma série de outras possibilidades – o Google Maps. Além disso, as formas de locomoção são levadas em conta. Se você pretende cruzar a cidade a pé, o mapa apontará um caminho que facilite a sua caminhada; se for de carro, o Google Maps irá levar em consideração a direção das ruas.

Encontre o melhor caminho e saiba o que acontece naquela determinada rua!

A última instância de proximidade com as pessoas é o Google Street View. O serviço que ainda não chegou ao Brasil fotografa acontecimentos nas ruas e coloca as imagens em marcadores nos mapas do Google Maps. O serviço funciona da seguinte maneira: um carro passa fotografando o que está acontecendo de interessante em alguma rua ou quadra de uma cidade. Ainda não há previsão de chegada do serviço ao Brasil.

O Googleplex

Nos últimos anos o Google criou diversas filiais pelo mundo. Veja algumas delas nas imagens abaixo:

Filial Google em Dublin - IrlandaFilial Google em Zurich - Suíça

Filial Google na HolandaFilial Google em Chicago - Estados Unidos


NVIDIA FERMI GF100: a nova geração de GPUs da NVIDIA

A pioneira do ramo de placas de vídeo de alto desempenho anunciou a próxima geração de GPUs. Gamers, peguem seus babadores.

A NVIDIA foi uma das precursoras na criação da categoria de placas de vídeo aceleradoras 3D. Desde seus primeiros modelos, como a RIVA TNT, a empresa despontou como uma das melhores fabricantes desse tipo de placa. Uma das primeiras GPUs — “Graphics Processor Unit” ou “Unidade de Processamento Gráfico” — também foi criada pela NVIDIA, que hoje disputa o mercado com sua arquirrival, a ATI/AMD.

Ao longo dos últimos dez anos, os processadores gráficos ganharam mais evidência no mercado, pois eliminaram muita carga dos processadores centrais (CPU), fazendo com que os computadores ganhassem desempenho rapidamente.

Pessoas que gostavam de jogos, profissionais de modelagem 3D e usuários que precisavam de mais processamento gráfico, para programas como o Photoshop e CorelDraw, começaram a voltar seus olhos para a nova categoria de placas que surgira.

Imagem de divulgação NVIDIAImagem de divulgação. Direitos reservados à NVIDIA.

FERMI

O foco das placas de vídeo passou então a ser esses tipos de usuário. Em 2009, no entanto, a NVIDIA inovou mais uma vez, lançando sua nova arquitetura, que foi batizada com o codinome “FERMI”, em homenagem ao físico premiado pelo Nobel, Enrico Fermi.

Tal arquitetura tem seus primórdios no ano de 2003, quando começaram as pesquisas para liberar carga de processamento do processador central, transferindo mais responsabilidades para o processador gráfico.

Entre outras capacidades embasbacantes, é isso que a FERMI faz: processa certas informações não gráficas na própria GPU para agilizar os cálculos e precisar se comunicar menos com a CPU. O problema em se utilizar uma GPU para executar tarefas que a CPU costuma ser responsável é que há a necessidade de os desenvolvedores conhecerem a fundo a GPU para poderem escrever programas que rodam nela.

Outro problema é que, como as GPUs foram criadas para processar gráficos, os programadores precisavam “enganá-la”, informando tipos de cálculos específicos para gráficos, fazendo com que os programas tivessem sua complexidade aumentada significativamente, ao ponto de serem menos viáveis.

O intuito da nova geração de GPUs que serão lançadas com a tecnologia FERMI é, entre outros, justamente facilitar o trabalho dos desenvolvedores, para que o processador central seja submetido a menos carga e possa trabalhar em conjunto com a GPU, formando um time muito mais eficiente de processamento.

Muitos entusiastas das placas de vídeo high-end já estão carecas de saber que os processadores gráficos estão deixando as CPUs no chinelo no que se refere a desempenho e tecnologia. Portanto, nada mais justo do que aliviar a barra da CPU, transferindo algumas atividades para a GPU.

Foram incluídos algoritmos que tornam a GPU capaz de executar não só processos gráficos, como de outras aplicações. Isso aumenta o desempenho porque dispensa a GPU de aguardar uma resposta da CPU, eliminando um gargalo do caminho e deixando o processador livre para outros cálculos.

Arquitetura CUDA

FERMI é somente o codinome dado às GPUs que usarão a nova geração da arquitetura CUDA, de propriedade da NVIDIA. A arquitetura CUDA tem diversas inovações em relação às anteriores e até mesmo à concorrência.

Para começo de conversa, os desenvolvedores não precisam mais ter profundos conhecimentos a respeito da arquitetura em si, no nível do hardware, pois ela é compatível, por exemplo, com a linguagem de programação C — que não é nada simples, mas é muito mais fácil do que lidar diretamente com os bits.

Fazendo uma comparação a grosso modo, e aproveitando que já sabemos que GPUs nada mais são do que calculadoras avançadíssimas, imagine que você precise fazer o cálculo das duas raízes de uma equação do segundo grau.

Será necessário o uso de fórmulas para chegar à resposta. Digamos que a arquitetura CUDA dispensa o uso destas fórmulas e só requer que você indique o valor das variáveis “a”, “b” e “c”, para que a GPU faça o cálculo das raízes da equação.

NVIDIA CUDA

Em termos práticos, pode-se dizer que é muito mais fácil e rápido programar jogos para as placas de vídeo com GPUs FERMI instaladas, pois ela permite que os desenvolvedores voltem suas atenções para aspectos e detalhes mais importantes da criação do game.

Logicamente, os equipamentos de ponta — também chamados de high-end — não servem somente para os gamers e entusiastas. Cientistas, médicos, pesquisadores, biólogos e profissionais de diversas outras áreas também terão grandes benefícios quando utilizarem GPUs da nova geração. Entretanto, a NVIDIA é declaradamente fã de jogos e, por isso, o foco principal do chip GF100 será a comunidade gamer.

GF100

Como a arquitetura FERMI foi apresentada ainda em 2009, provavelmente já estão sendo fabricadas placas com o chip GF100 instalado, e elas devem ser lançadas já no primeiro trimestre de 2010, apesar de não haver informações oficiais sobre isso.

Será uma resposta da NVIDIA às placas da ATI/AMD, da série HD5000, que atualmente estão no topo do ranking quando se fala em qualidade de imagem e desempenho. Mas elas terão uma competidora de peso assim que empresas como XFX, Zotac e outras dedicadas a equipamentos high-end começarem a lançar suas versões com o chip.

Far Cry 2 com tecnologia atual

Diferente do que podemos pensar, as placas que ainda serão lançadas com o chip GF100 não carregarão esse nome necessariamente. O GF100 é um codinome interno da NVIDIA e pode ser que comercialmente não seja escolhido. De qualquer forma, especula-se que o G significa GeForce e o F provém de FERMI — em homenagem ao físico nuclear Enrico Fermi e se referindo à geração da arquitetura usada.

Praticamente uma cavalaria

Para facilitar o entendimento, não mostraremos aqui nenhuma tabela com especificações das novas GPUs. Ao invés disso, faremos comparações com produtos existentes, para que você tenha uma ideia da potência dos brinquedinhos que ainda serão lançados com a GF100.

O que mais se fala hoje em dia quando pensamos em processador, seja CPU ou GPU, é em quantidade de núcleos de processamento. Pois bem, a GF100 possui absurdos 512 núcleos CUDA, ou seja, sua capacidade é “estupidamente” maior do que qualquer placa existente hoje no mercado.

Para que você tenha uma ideia, o modelo GTX 295 possui 480 núcleos, divididos em duas GPUs separadas — 240 por GPU. Ou seja, antes mesmo de ser lançada, em uma só GPU, a GF100 já é melhor do que duas GPUs juntas da geração anterior.

O transistor é uma das invenções que revolucionou a computação moderna. Antes dele, as válvulas eram responsáveis pelo controle do processamento dos computadores. Sendo assim, em teoria, quanto maior a quantidade de transistores, maior a capacidade do chip.

O número de transistores da GF100 também impressiona, pois ele possui a bagatela de 3 bilhões. A ATI HD5970 possui 4,3 bilhões de transistores, divididos em duas GPUs. Ou seja, uma GPU do GF100 tem mais de 1 bilhão de transistores a mais do que a top atual da ATI.

Os entusiastas que acompanham os artigos do Baixaki podem segurar sua ansiedade, pois assim que saírem os primeiros produtos baseados na GPU GF100, nós faremos um comparativo mais detalhado em relação às placas de maior desempenho da ATI/AMD.

Realismo nunca antes visto

Deixamos o filé mignon da GF100 para o final do artigo, para que você termine a leitura salivando para ter uma GF100 instalada em sua máquina. Os níveis de realismo atingidos pela GF100 deixarão você literalmente de queixo caído. Isso será possível através das novas técnicas de renderização, disponíveis a partir do DirectX 11, em conjunto com as tecnologias PhysX e 3D Vision Surround.

Tesselation

Todo objeto renderizado pelas placas de vídeo é formado por inúmeros polígonos. Quanto mais polígonos, mais suaves serão as curvas do cenário e dos objetos, aumentando o realismo. O DirectX 11 introduziu no mercado uma nova técnica chamada “tesselation”, que permite a utilização de milhares de polígonos a mais, que só as placas de vídeo mais poderosas serão capazes de criar.

É possível entender um pouco do que é o tesselation assistindo ao vídeo abaixo, que mostra a diferença de realismo com e sem a nova técnica de renderização:

Perceba que na primeira imagem mostrada a água tem um aspecto mais “chapado”, com poucos detalhes, porque não estava sendo usada a técnica “tesselation”. Em seguida, ela é ativada e a riqueza de detalhes, não só da água, aumenta absurdamente.

Na demonstração, antes de ligar o tesselation, a imagem estava sendo processada a 300 quadros por segundo. Quando a técnica foi ligada, esse número caiu pela metade. Entretanto, uma queda de 300 para 150 fps será praticamente imperceptível, já que o olho humano não consegue processar mais de 30 quadros por segundo.

Um segundo vídeo, mostrado na conferência CES2010, apresenta a GF100 sendo testada em um programa de benchmarking. Nele, é mostrado o “esqueleto” dos objetos para que se tenha uma boa ideia da diferença na quantidade de polígonos que o tesselation é capaz de produzir com o DirectX 11.

PhysX

A riqueza de detalhes não ficará restrita somente aos objetos, mas as texturas, a qualidade de imagem e os cálculos de física proporcionados pela tecnologia PhysX da NVIDIA também terão um salto significativo de desempenho. O vídeo a seguir mostra o comportamento do cabelo humano renderizado na GF100.

As placas atuais tratam cabelo e objetos semelhantes como se fossem um só. Ou seja, geralmente os personagens do jogo possuem uma espécie de capacete que simula cabelo, e nenhum fio se move, ou todos se movem ao mesmo tempo, em animações pré-definidas.

Uma estratégia era simplesmente esconder os cabelos dos personagens com capacetes, bonés, etc., ou criar personagens de cabelo curto. Na GF100, o comportamento dos fios de cabelo será praticamente idêntico aos do mundo real.

Imersão

Essa palavrinha tem inspirado inúmeras novas tecnologias e a evolução de outras que já existiam. A utilização de óculos 3D para filmes não é nova, mas a tecnologia foi renovada e hoje está começando a visitar as casas dos consumidores.

A GF100, além de trazer a capacidade de produzir imagens em 3D, para visualização com o óculos, tem embutida a tecnologia NVIDIA 3D Vision Surround, que permite o uso de múltiplas telas, posicionadas ao redor do campo de visão do jogador, para que haja uma sensação ainda mais realista de se estar dentro do jogo.

O vídeo abaixo demonstra um pouco dessa tecnologia, que promete deixar os gamers completamente viciados naquilo que já adoram. Repare que a imagem parece ter “fantasmas”, como nas televisões antigas com problema na recepção do sinal.

Porém, não há nada de problemático nos “fantasmas” gerados pela GF100, pois se trata da tecnologia 3D em ação, que só pode ser apreciada com uso dos óculos especiais.

A GF100 promete fazer frente às placas de vídeo mais poderosas da atualidade. Se você já se adiantou para comprar sua ATI Radeon HD5970 e acha que não é possível ver gráficos melhores, aguarde e confie, pois as novas placas que sairão, baseadas na GPU GF100, deixarão você de cabelo em pé (ou não, já que elas terão PhysX).

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